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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O GRUPO

O nosso David comentou que "agradecia ao grupo a forma como o receberam"

Ressalvando as devidas diferenças outro jogador profissional teve as seguintes declarações:

"Fernando Torres admitiu: a certa altura, tornou-se no tipo de jogador que disse que nunca iria ser. O ponta de lança do Chelsea fez uma viagem ao período mais negro da carreira de futebolista, já depois de ter trocado o Liverpool e Anfield por Stamford Bridge. Sincero, revelou que Paulo Ferreira foi um dos que lhe abriram os olhos.

«Que fiz de errado? Muita coisa. A meio da temporada passada afastei-me dos valores com que cresci», contou El Niño ao «El País», que nesta noite regressa ao Calderón, estádio do Atl. Madrid e onde saltou para o estrelato.

«Tinha colegas a quem era igual se a equipa vencia ou perdia. Eu nunca quis ser assim. Mas um dia descobri que era como eles, que era-me igual ganhar ou perder se não jogava, porque não era mais um no grupo», explicou o avançado espanhol na entrevista. 

«E descobri que não era feliz porque afastei-me daquilo que queria ser», continuou Fernando Torres. «Num balneário, a consciência de grupo, e não a de amigos, não se deve perder», sublinhou o espanhol.

Fernando Torres dissertou também sobre as razões que o levaram a baixar de rendimento no que toca ao plano futebolístico. El Niño considerou que jogava no Chelsea de modo diferente do que fazia em Liverpool, porque era o que a equipa precisava: «Em 70 minutos, não tocava na bola», destacou. «Era tão diferente do que fazia Com Rafael Benítez [técnico no Liverpool] que não me sentia bem e isso notava-se.»

Depois de trabalhar nesses aspetos do jogo, foi preciso recuperar a autoestima. «Quando se cresce como jogador e te tornas mais importante, há muitas coisas que se esquecem, que se deixam para trás. Luís Aragonés [antigo treinador no Atl. Madrid e selecionador espanhola] recordava-as a todo o momento», declarou Torres.

O papel do antigo técnico foi fundamental, mas não foi o único que abriu os olhos ao avançado. «Esse é o balneário que eu gosto, manter respeito, o grupo acima de todos, mas com trabalho. Conhece Paulo Ferreira?»

À pergunta de Torres sobre o internacional português do Chelsea, o entrevistador responde afirmativamente. O ponta de lança espanhol concluiu depois: «Ganhou Champions, campeonatos em Portugal, em Inglaterra e está há dois anos sem jogar um minuto. E é nota dez! Podes estar acomodado ou podes assumir o teu papel. Ele ensinou-me isso quando disse: "Agora, é o que me toca." Treina como o melhor, vai aos jogos com um sorriso, está sempre perto dos mais novos. Ensinou-me muito.»

Se conseguirmos manter o "grupo acima de todos" este pode ser o nosso campeonato!

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