Jogos com os Vitocaste, agora All Stars, revestem-se sempre de tensão adicional que bem se dispensava em partidas de torneios amadores mas infelizmente já é esse o ADN de vários dos elementos daquela equipa.
O que já não se pode admitir é que árbitros que estão pagos para cumprir o seu papel assumam recorrentemente uma postura passiva perante equipas mais agressivas física e verbalmente pois se não estão para se chatear impondo-se como deviam então fiquem em casa.
O que é inadmissível é que uma equipa que pretenda apenas jogar futebol seja duplamente castigada já que além de ter de suportar um clima de intimidação e entradas duras do adversário perante a passividade do árbitro ainda tem este elemento a castigar a contestação natural que assim é gerada.
Num jogo em que alguns dos nossos jogadores saíram marcados nas pernas os dois únicos cartões amarelos saíram para Pedro por cometer uma falta e para Ricardo por protestar uma falta dura sofrida não assinalada.
Veja-se que das inúmeras entradas dos adversários, algumas assinaladas, nenhum cartão amarelo daí resultou e nem a constante anulação das nossas saídas para o contra-ataque por via faltosa pareceu incomar o árbitro.
Pelo meio uma das faltas assinaladas, entrada por trás sobre o Méren, seria precisamente uma que não deveria ter feito pois a bola sobrara para Dudu que disparou para o golo que assim não foi considerado.
Mas o mais incrível estaria para se ver no lance do 4º golo dos adversários: Ricardo efectua um corte à entrada da nossa área e acto contínuo é atingido por um adversário ficando os dois no chão com dores. A bola que fora afastada para o meio campo adversário continua a ser jogada perante a indiferença do árbitro para com os dois jogadores no chão e perante a estupefacção geral fazem o golo. A explicação do árbitro para não ter interrompido o jogo por motivo de no chão estar um jogador de cada equipa é exemplificativa da sua postura na partida.
A cereja no topo do bolo viria ainda nos instantes finais após a grande recuperação da nossa equipa quando um lance flagrante de penalti cometido sobre Méren do qual poderia resultar o 4-4 foi mais uma vez ignorado pelo árbitro que contribuiu para a forma triste como o jogo terminaria com tumultos e cenas menos edificantes entre os jogadores das duas equipas.
Quanto ao jogo que pelo meio ainda existiu nota para uma primeira parte muito coesa da nossa equipa em 25m equilibrados e disputados em que chegámos à vantagem numa jogada nascida de um brilhante passe de Flores a isolar Alex que viu a mancha do guarda-redes negar-lhe o golo mas após uma primeira recarga falhada, por Tiago, Cardoso no sítio certo disparou a contar e em que cedemos a igualdade a escassos segundos do final num lance de infelicidade pura de Tiago que ao bater a bola junto à linha final fê-la embater num adversário tendo caprichosamente entrado na nossa baliza.
Num segundo tempo inicialmente menos conseguido o adversário pressionou mais fazendo dois golos e chegando ao 4-1 no lance já descrito. A reação da nossa equipa levou-nos a reduzir para 4-3 em dois golos de Tiago, um na sequência de um canto e outro num livre directo fenomenal quase do meio campo ficando a recuperação completa por fazer graças às manhas do adversário e ao beneplácito do senhor árbitro.
A rever no jogo da segunda volta qual a atitude a ser tomada pela nossa equipa.
12 Manel, 13 Ricardo, 19 Tiago, 6 Pedro, 15 Meren, 14 Flores, 17 Cardoso, 8 Alex e 11 Dudu
