COMUNICADO
À luz das incidências, e
incidentes, ocorridos na partida de ontem, jogo da 3ª jornada frente à equipa
do Vitocaste, e uma vez que nos sentimos lesados, acima de tudo na imagem da
nossa equipa com evidentes reflexos para a motivação pela qual entrámos no
Vosso torneio, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:
1.
A imagem que foi acoplada à nossa equipa, a qual
emergiu já de torneios anteriores e que, inclusive, originou a nossa saída na
altura do Vosso torneio, de equipa complicada, arruaceira e conflituosa
transformou-se numa imagem de marca que refutamos e repudiamos.
2.
Com efeito, podemos ter uma postura por vezes
mais expressiva na forma como reclamamos de certas decisões que nos prejudicam
mas nunca fomos uma equipa violenta, agressiva fora da competitividade norma de
um jogo ou maldosa para com adversários, árbitros ou organização.
3.
Aliás, do visionamento de inúmeros jogos resulta
a constatação de várias equipas terem jogadores e historial que muitas vezes
resultam em acções e posturas muito mais gravosas dos que as que nos poderão
ser imputadas.
4.
Note-se que as únicas expulsões que registamos
no Vosso torneio surgiram na sequência do evitar um golo com a mão de um nosso
defesa (Bruno) e numa falta fora da área em zona não perigosa do nosso
guarda-redes (Manel) numa decisão forçada e curiosamente pelo mesmo árbitro do
jogo de ontem.
5.
Este intróito justifica-se pelas ocorrências de
ontem em que a deplorável arbitragem da partida denotou uma parcialidade nas
suas decisões que evidente prejuízo para a nossa equipa e que só não originou
consequências de maior gravidade graças à ponderação e sangue frio dos nossos
elementos.
6.
Se quanto às decisões técnicas do árbitro de
nada nos serve vir aqui lamentar ou enunciá-las facto é que assistimos a uma 1ª
parte sem incidentes e onde apenas, em caso de dúvida, era a nossa equipa
sancionada como por exemplo no lance que originou o 1º golo adversário em que
uma falta por nós sofrida resultou no livre directo que nos penalizaria com o
0-1.
7.
Mas se o critério técnico, que ao longo de toda
a partida não foi igual para as duas equipas, não podemos contestar por não
poder comprovar, já quanto ao critério disciplinar somos obrigados a vincar a
nossa indignação.
8.
O nosso jogador nº 4, Bruno Barroso,
consequência da sua solidez defensiva e atitude, sempre de forma leal mas
determinada, foi agredido a pontapé por um elemento adversário o qual, em face
da reacção imediata e indignada de todos os elementos da nossa equipa junto do
lance, nomeadamente os do “banco” ainda se manifestou em atitudes
provocatórias.
9.
Aos costumes o árbitro disse: “Não vi”.
10.
O mesmo jogador, Bruno, foi agredido na cara com
uma cotovelada a qual deixou marcas, de forma intencional e despropositada por
um adversário.
11.
Aos costumes o árbitro disse: “Não vi”.
12.
O nosso jogador nº 9, João Abreu, jogador leal e
sem qualquer registo disciplinar em todos os Vossos torneios, teve uma atitude irreflectida
e, com ou sem intenção, atingiu um adversário e viu o cartão vermelho directo o
qual não é por nós obviamente contestado.
13.
Na sequência desse lance gerou-se um sururu
originado pela atitude de jogadores adversários que reagiram de forma
impulsiva, intimidatória e violenta.
14.
O capitão da equipa adversária correu trinta
metros para vir empurrar com força despropositada o nosso jogador que
imediatamente após o lance já reconhecera e seu erro e procurava pedir desculpa
ao adversário.
15.
Um jogador adversário, de calções vermelhos,
chegou a armar o braço em posição de desferir um soco.
16.
Só não aconteceram vias de facto porque toda a
nossa equipa interviu a separar os intervenientes e acalmando a situação.
17.
Nenhum elemento da nossa equipa assumiu qualquer
postura agressiva ou intimidatória mas sim conciliatória.
18.
O árbitro mostrou o amarelo a um adversário que
não era nenhum dos aqui citados.
19.
Perante o nosso protesto quanto à dualidade de
critério disciplinar o árbitro, aos costumes, disse “Não vi”.
20.
O Vosso representante no torneio interviu dentro
de campo chamando os dois capitães de equipa mas optou depois para declarar
alto e a bom som que ou as coisas serenavam ou terminava ali a partida, o que
se aceitaria não fosse o facto de se ter dirigido à nossa equipa em face dos
nossos protestos ignorando assim toda a sua génese ao invés de falar em
exclusivo com os capitães dado que os tinha chamado.
21.
Não obstante os factos aqui descritos avançámos
para a conclusão do jogo, em inferioridade numérica, mas sempre a tentar jogar e
a bola, e evitando atritos, pese embora a postura provocatória adoptada pela
Vitocaste.
22.
Mesmo assim a postura do árbitro não se alterou
e de forma escandalosa evidente em factos:
·
O nosso jogador Bruno protestou de forma mais
veemente a não marcação de uma falta a nosso favor e viu cartão amarelo.
·
O nosso jogador Manel protestou de forma mais
veemente a marcação ao contrário de um lançamento lateral e viu cartão amarelo
·
O jogador Toninho Pinto do Vitocaste pediu uma
falta que o árbitro não considerou mandando-o levantar e em resposta gritou-lhe
de forma audível para todo o pavilhão “Vai pró caralho” e o que o árbitro fez?
NADA.
Note-se que em vários pontos
desta exposição somos forçados a referirmo-nos aos intervenientes como “jogador
adversário”.
Tal facto prende-se com uma falha
grave da Vossa organização que à muito vimos a referir que é a completa
bandalheira nos equipamentos de algumas equipas.
No caso da Vitocaste chega-se ao
cúmulo de jogarem apenas com t-shirts brancas anónimas sem qualquer número
identificativo.
Jogam assim no anonimato no meio
da confusão e profusão de lances e o argumento de quem está de fora poder
conhecê-los a todos pela cara de nada vale dentro de campo para adversários ou
árbitros que na intensidade do jogo não andam a fixar caras.
Em face do exposto gostaríamos
que de, forma definitiva, assumam se entendem que a nossa equipa está a mais no
Vosso torneio e, assim, a exemplo de outras equipas nos sugiram a nossa saída.
Frise-se, por fim, que apesar da
postura por vezes intensa da nossa equipa não somos violentos nem agressivos.
Os 5 amarelos e 1 vermelho ontem
vistos contra apenas um amarelo adversário é algo de chocante e que nos indigna.
Não se use o argumento de não
saber perder que não é o nosso caso como ainda a semana passada se viu em que
perante uma derrota injusta por 0-5 felicitámos no final os adversários bem
como o árbitro pela sua prestação.
Refutamos por completo a imagem
que nos pretendem colar e reservamo-nos no direito de, perante a repetição de
situações como a de ontem, abandonar não só o terreno de jogo como o Vosso
torneio de imediato uma vez que o que nos motiva é jogar futebol em competição
de forma saudável.