O mote já estava lançado antes do início do jogo. A equipa Sintra 2007 exigia jogar pelo menos uma das partes com uma das suas bolas de marca Adidas. "Somos patrocinados pela Adidas temos que jogar com esta bola" implicava o capitão adversário de forma birrenta.
As regras são iguais para todos e birras até às crianças ficam mal.
Após consulta à organização o jogo lá começaria com a bola oficial do torneio.
Os resultados das 3 primeiras jornadas em que o adversário ganhou sempre e de forma folgada, colocando-o no topo da classificação com o melhor ataque e a melhor defesa criou um duplo cenário táctico no arranque da partida.
A ArtFactu, com cautelas defensivas, entregava o domínio do jogo ao adversário jogando na expectativa enquanto o Sintra 2007 assumia de forma até sobranceira o jogo contando com nova goleada adquirida.
O certo é que o jogo começou desde cedo a dar sinais contrários pois a forma unida e organizada como a ArtFactu jogava tornava quase inexistentes as ocasiões de golo adversário e Alex, com remate fora da área, e Ricardo, por duas vezes de livre directo, conseguiam das melhores ocasiões da partida.
Neste cenário surgiria no entanto o golo do Sintra 2007 na sequência de um pontapé de canto, em lance polémico dada a falta atacante flagrante ao, à custa de bloqueios ilegais vistos pelo árbitro, lograrem isolar um elemento na área que cabeceou, à vontade, para a baliza.
Nos 10m que se seguiram até ao intervalo um festival do apito marcando uma mão cheia de livres à entrada da área sempre que um dos 'meninos' do Sintra 2007 se lançava ao chão com um grito, testaram de forma positiva a capacidade da equipa da ArtFactu que jogava nesse fase contra tudo e contra todos.
O intervalo veio colocar calma na equipa mas, acima de tudo, veio canalizar a revolta em garra e querer, em busca de vitória.

E seria essa a imagem da 2ª parte da equipa que traria os 2 golos da vitória mais que justa.
O primeiro na sequência de um penalti ganho por Alex aproveitando um contacto dentro da área usando as mesmas armas do adversário. Cardoso, 5s em campo, marcava no seu jeito irrepreensível com um remate fortíssimo mas colocado.
O segundo fruto de uma jogada magistral com Ricardo a inventar a assistência com um passe espectacular a proporcionar a Flores o fuzilamento da baliza adversária.
Até ao final muita luta, muito espírito de equipa e de ajuda, o suportar de atitudes e condutas de mau perder por parte de vários dos adversários perante a passividade do árbitro, mas com a vitória a chegar como prémio mais que justo.
Rui esteve brilhante na baliza, a defender e a saber jogar com o relógio do árbitro, Peter, Bruno, João, Pedro, Rita e Rui Jesus estiveram insuperáveis na garra lutando por cada bola sem excepção, Flores, Alex e Ricardo foram incansáveis no vaivém do meio campo quer a defender quer a semear o pânico na área adversária, Adérito juntou-se a este trio adicionando uma enorme capacidade de domínio e retenção da bola que valeram minutos de jogo e nervos em franja aos adversários e Cardoso entrou para marcar o penalti "à sua maneira" e deixar a equipa a ansiar pelo seu pleno regresso.
Esta vitória mais do que 3 pontos fez-nos mais equipa!