J5 - ARTFACTU 4 GOIANIA 3: EM FESTIVAL DE GOLOS PERDIDOS SALVOU-SE A VITÓRIA

Ricardo prepara-se para bater o livre  que dava o 1-1

O resultado engana duplamente.

Engana porque não espelha a diferença de valor entre as equipas dada a nossa sempre evidente superioridade e engana porque não espelha as inúmeras ocasiões de golo por nós criadas.

4 ou 5 bolas nos postes, um golo não considerado que só o árbitro não viu, várias bolas de golo salvas quase in extremis e uma série de remates a rasar os postes roubam veracidade ao resultado.

Do outro lado uma equipa que jogou tudo no contra ataque apostando numa táctica que nos é bem conhecida ao centrar o jogo na defesa. Contudo com menor valor defensivo e com um ataque entregue, quase em exclusivo, ao seu nº 10, um jovem dotado de capacidade técnica e bastante veloz.

Mas o jogo ofereceu-nos mais elementos valiosos para a nossa evolução enquanto equipa, dado que, deixando já para trás o desperdício ofensivo, fomos menos eficazes onde temos sido fortes, na defesa, ao facilitarmos nos golos sofridos, pelo que estaremos mais fortes e coesos nesse aspecto no futuro, com toda a certeza.

Mais importante que tudo o resto, e que importa realçar com ênfase, foi a capacidade de reacção da equipa, a capacidade de acreditar sempre, a capacidade de ir à luta até ao ultimo segundo.

Com efeito se poderá ignorar que estivemos a perder por 1-0, por 2-1 e por 3-2 numa fase já adiantada do jogo. 

Mas conseguimos.

E se alguns de nós retiveram mais os pontos onde estivemos menos bem neste jogo, importa enaltecer e centrar este jogo no lado positivo: nunca demos o jogo como perdido e até o empate saberia a derrota.

Com Cardoso a não perdoar de novo na marcação do penalti que nos dava na altura o 3-3 o Ricardo obriga a um destaque especial pelos 3 golos marcados, todos de belo efeito, os dois primeiros de livre directo (um em força outro em folha seca) e o golo da vitória com um remate espectacular de fora da área.

Mister Cardoso